A APAS – ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E AMPARO À SAÚDE, vem, por meio desta, se
solidarizar a toda comunidade médica do Hospital Regional Vicentina Goulart pelos transtornos enfrentados por essa honrosa e valorosa classe, no que se refere ao não recebimento dos proventos concernentes aos dois últimos meses de trabalho nesta unidade.
Primordialmente,se faz necessário não só agradecer, mas também, enaltecer, os serviços prestados pelos
profissionais médicos com extrema dedicação e devoção ao próximo, principalmente em um
período de pandemia que exigiu de toda a equipe médica uma doação e abnegação ainda maior que a habitual. Os resultados positivos ao enfrentamento da Covid-19 alcançados no HRVG, dando suporte não só ao município de Jacobina, mas também aos municípios de toda a região, só foram possíveis porque a equipe diuturnamente se prontificou em chamar a responsabilidade e atuar de forma destemida, iniciando uma verdadeira guerra contra um inimigo invisível e perigoso.
Temos a real noção de como cada noite mal dormida, cada inquietude e cada angústia
sobrecarregaram cada um de vocês nessa luta diária. Mas, o que era preponderante e nítido
foi e é a vontade de prosseguir salvando o maior número de vidas possíveis na árdua batalha que nos foi imposta sem ensaios. Por esse ininterrupto empenho a APAS terá de forma incessante e irrestrita o profundo respeito a todos vocês.
Importante ressaltar que a nossa administração sempre foi pautada por uma gestão participativa e colaborativa. Prova disso, foi a criação da comissão de líderes formada por representantes de todos os setores da unidade que teve como objetivo dividir as responsabilidades em todas as tomadas de decisões, bem como oportunizar que todos acompanhassem de forma transparente todos os processos referentes a contratos, pagamentos e prestação de contas.
Essa atitude permitiu que criássemos uma relação não só
de respeito, como também de confiança entre equipe e instituto. Dessa forma é sabido por
todos que, nos últimos meses, a Prefeitura através da Secretaria de Saúde, realizou repasses
divergentes e insuficientes para o cumprimento dos compromissos financeiros.
Além do recebimento a menor, os repasses supracitados também começaram a ser realizados de forma
fatiada, ocasionando uma desorganização nas previsões e pagamentos. O resultado foi que a
receita diminuta repassada não acompanhou as despesas previstas, resultando na falta de
recursos para realizar os pagamentos não só dos profissionais médicos, como também, de
fornecedores que amargam a mesma situação. Convém dizer, que todas as planilhas com as receitas e despesas por competência, bem como a diferença de repasse mês a mês encontram-se à disposição, inclusive da Secretaria Municipal de Saúde, para que os repasses devidos e atrasados sejam realizados de forma urgente, para que as pendências financeiras sejamsanadas o mais breve possível.
Mais do que a efetivação dos repasses retroativos, faz-se necessário uma retratação por parte da administração municipal pelo desgaste causado ao Instituto, mas principalmente por parte
do corpo médico que foi lesado no âmbito pecuniário, mas principalmente atingido de forma desleal e desrespeitosa depois de anos de dedicação e renúncia pondo em risco as suas próprias vidas para salvar a vida do próximo.
A Apas reafirma o seu posicionamento de se
manter presente e imbuída de que todos os esforços sejam realizados para que esse episódio seja prontamente resolvido e cuidará para que a moral dos colaboradores médicos desta unidade jamais seja desabonada por qualquer pessoa que seja.
Sem mais para o momento, reafirmamos nosso profundo respeito e admiração pela equipe.
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