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Vitor Zeferino acompanhou filho em exame no IML em Jardinópolis (SP) — Foto: Valdinei Malaguti/EPTV |
Crianças estão assustadas
A irmã de Vitor, Lilian Maria Zeferino, diz que as crianças estão assustadas e não sabem dizer o motivo da agressão. Ela foi à casa da família após receber fotos dos meninos machucados.
"Eles falam que não sabem, não falam nada. É criança, só ficam mudos. Eles estão assustados com o acontecido. Eles apanharam demais, apanharam de sandália e rasteirinha na cara. Acabou o chão pra nós, pra todo mundo. Eu só quero justiça, quero ele na cadeia."
As agressões teriam acontecido na tarde de quinta-feira (14). A mãe conta que ao chegar em casa de madrugada percebeu os ferimentos e levou os filhos ao pronto-socorro. Segundo Caroline, vizinhos disseram ter ouvido o barulho de quando o companheiro dela agredia as crianças.
Lesão corporal
Ainda no início da apuração, o delegado André Baldochi disse que o caso foi registrado como lesão corporal, mas que a tipificação pode ser alterada para tentativa de homicídio caso seja comprovado que o suspeito agiu com essa intenção.
"A criança [de 4 anos] está realmente bem machucada, os dois olhos não abrem, e há a notícia de que o irmão dessa criança também teria sido agredido pelo padrasto”, diz.
Avó paterna do menino de 7 anos, Andrea Correa diz que a mãe costuma bater nas crianças. Ela também será alvo de investigação, de acordo com o delegado.
"Ela batia nele mesmo, porque às vezes ele aparecia na minha casa todo machucado. Eu perguntava para ele e ele falava que caía, mas ela batia nele", afirma Andrea.
O depoimento das crianças também deve ajudar a polícia na investigação. Segundo Baldochi, elas serão chamadas nos próximos dias para uma oitiva especial com a participação de psicólogos.
De acordo com o conselheiro tutelar Marcos Antonio da Silva Peres, o menino de 7 anos deve passar a receber acompanhamento psicológico.
"Eles passaram no IML e agora vão encaminhar pra delegacia. Serão tomadas as medidas cabíveis, encaminhar para a escuta especializada e tomar as providências que tem de ser tomadas", diz Peres.
Fonte: g1
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