
Estudar, trabalhar fora, votar, foram algumas das principais conquistas obtidas com muita luta pelas mulheres, em sua busca histórica por igualdade entre os gêneros, representatividade na política, direitos civis e autonomia sobre o próprio corpo. E com o objetivo de fomentar esse debate que em 26 de agosto de 1920 nasceu o Dia da Igualdade Feminina, graças ao movimento sufragista das mulheres americanas, com a obtenção do direito ao voto naquele ano.
O dia 26 de agosto, portanto, serve para lembrar a toda a sociedade a importância de continuar discutindo essas questões, uma vez que a luta por igualdade entre homens e mulheres sofreu muitos avanços, mas ainda há muito o que ser conquistado, sobretudo no mercado de trabalho e no âmbito da violência doméstica.
Lei Maria da Penha
Entre as conquistas alcançadas no Brasil pelas mulheres está a Lei Maria da Penha, que foi sancionada em 2006. A legislação se constitui em um marco legal no combate à violência contra a mulher e do ponto de vista da conscientização da sociedade.
Foto: Ney Silva/Acorda CidadeNa avaliação da delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Feira de Santana (Deam), a Lei Maria da Penha é um marco na judicialização desse combate, uma vez que anterior a esse período as ações não possuíam efetividade.
“Tudo era muito incipiente, algo que era feito só pra constar e com efetividade quase que nenhuma. Então não há como se pensar em combate à violência contra a mulher sem a lei. Então é um marco legal em política pública, em conscientização da sociedade para esse fenômeno que insiste em causar tamanho dano na nossa sociedade”, afirmou.
Mas para a delegada, a Lei Maria da Penha é apenas um dos instrumentos para o combate à violência doméstica, devido à complexidade desse tipo de delito.
“A própria lei preconiza ações multidisciplinares. Então são vários contextos. Não é só a polícia ou o judiciário, é a assistência social, a educação. São muitos aspectos que têm que ser incorporados no combate efetivo. Não é apenas a questão penal ou processual”.
Violência em Feira de Santana
Acerca dos dados referentes à violência doméstica em Feira de Santana, Maria Clécia Vasconcelos informou que houve mudanças na plataforma de ocorrências, e por isso os dados de 2022 estão compilados novamente. No entanto, ela assegura que de janeiro a agosto deste ano, no município, já foram computados mais de 2 mil registros de violência contra a mulher.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade | Mais de 2 mil queixas de violência doméstica já foram registradas este ano em Feira de Santana
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