Mesmo com aumento de impostos e taxacoes governo nao consegue equilibrar as contas |
As contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 119,55 bilhões nos 11 primeiros meses do ano passado, informou o Banco Central nesta sexta-feira (5)
No mesmo período de 2022, as contas públicas haviam registrado um superávit de R$ 137,8 bilhões, ou 1,5% do PIB.
A piora, no acumulado de 2023, portanto, foi de R$ 257,36 bilhões.
O déficit primário acontece quando as despesas com impostos ficam acima das receitas, desconsiderando os juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
O saldo negativo parcial representa o pior resultado para o período desde 2020, quando, no início da pandemia da Covid-19, o governo elevou gastos com benefícios para a população. De janeiro a novembro daquele ano, o rombo nas contas públicas somou R$ 651,11 bilhões.
Veja abaixo o desempenho que levou ao saldo negativo das contas públicas até novembro de 2023:
governo federal registrou déficit de R$ 137 bilhões;
estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 20,7 bilhões;
empresas estatais apresentaram déficit de R$ 3,21 bilhões.
Somente em novembro, as contas públicas registraram um resultado negativo de R$ 37,27 bilhões, contra um saldo negativo de R$ 20,9 bilhões no mesmo mês de 2022.
Alta de gastos e arrecadação
O aumento do rombo nas contas públicas no primeiro ano da nova gestão está relacionado, principalmente, com a alta das despesas autorizada por meio da PEC da transição, aprovada no fim de 2022 pelo governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a mudança, o governo obteve autorização para gastar R$ 168,9 bilhões a mais no ano passado
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